O fato da paciente utilizar uma mesma medicação e as queixas desaparecerem não significa que o tratamento foi correto. O efeito placebo atua dessa forma em 75% de qualquer tratamento. No Período do Climatério, os hormônios a serem repostos devem atingir níveis adequados, determinados por meio dos seguimentos contínuos e com dosagens plasmáticas apropriadas.
A atuação médica deve ser semelhante quando realiza tratamentos para as disfunções de outras glândulas, exemplo a da tireoide. Os controles devem ser minuciosos e adequados, até atingir o nível e os efeitos desejados. Como cada pessoa é um ser único, com metabolismo variável, diferente em tudo, mesmo que seja irmão gêmeo idêntico ou um clone, a despeito das células de cada órgão terem as mesmas funções, quando ministramos uma medicação, a capacidade de absorção, distribuição e o metabolismo hepático, renal e intestinal são variáveis individuais. Cada ser humano depende dos tripé de sustentação (mente, o corpo e meio ambiente), da forma de interação entre os mesmos. Se não aplicarmos essa conduta e apenas avaliarmos o desaparecimento dos sintomas e interpreta-lo como sucesso terapêutico, nada estaremos realizando de forma científica. Sob o ponto de vista farmacológico é necessário ministrar a dose correta, sem exagero, de acordo com a fase da vida e quantificar para entender o metabolismo individual de cada mulher. Dessa forma estaremos propiciando um retardo na perda da proteína da pele, ossos, das atrofias em todos os órgãos e propiciando o que é o desejo de todos, retardo no processo de envelhecimento.
No Período do Climatério a mulher não pode ser observada apenas quanto aos seus genitais, é fundamental atuar precocemente sobre a real causa do problema, orientar, comparar e relacionar a interação nos diferentes sistemas de atuação. É preciso tratar a paciente da forma que a Medicina Moderna orienta, com exames modernos que avaliam o início das alterações, por meio de marcadores intracelulares, que identificam o início do processo de envelhecimento, antes da doença se instalar, avaliar as interações, os resultados baseado em Evidências Científicas para seguirmos e introduzindo a cada idade as interações apropriadas. Ministrar uma determinada medicação, com a mesma dose, para todas as mulheres revela falta de conhecimento científico, sobe o assunto, deixando de evidenciar a via de administração mais adequada. A mulher no Período do Climatério precisa sair da caixinha que oferecia a visão de esperar a data da menopausa ocorrer para após 15 anos de tempo perdido, iniciar a reposição hormonal. Nessa situação o que foi perdido não poderá ser recuperado. É mentira, falácia e desconhecimento científico informar e discutir que hormônio causa Câncer. Se isso fosse verdade as meninas na adolescência deveriam ser as mais acometidas. Na adolescência as mulheres possuem 300 vezes mais hormônio do que as que já pararam de menstruar. Por muitos anos essa visão representou a Mula sem Cabeça que soltava fogo pelo nariz.
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